O Marxismo e o debate sobre os modos de produção no Brasil: uma revisão da literatura
Resumo
As diferentes interpretações produzidas pela historiografia econômica e social acerca da formação da economia e sociedade brasileiras, e também latinoamericanas, podem então ser reunidas em algumas linhas de interpretação. A primeira a surgir e inicialmente hegemônica foi a que propugnou a existência de um feudalismo que só seria ultrapassado pela industrialização. Rival a ela, uma outra interpretação partiu de pensadores que não enxergavam feudalismo no subcontinente e advogaram que as colônias surgiram já no contexto de um capitalismo global. Do embate entre as duas surgiram algumas tentativas de superar sinteticamente o debate, das quais destaco a contribuição de Laclau a partir da crítica da teoria marxista da dependência e a cunhagem do conceito de modo de produção escravista colonial. Mais recentemente, de um lado, criticou-se, a partir da demografia histórica, a posição "capitalista", rehabilitando parcialmente a "feudalista"; de outro procurou-se, através do conceito de capital escravista mercantil, sintetizar aquela posição à luz das contribuições da teoria do escravismo colonial. No presente artigo, resumo o pensamento de alguns autores filiados a essas difererentes posições, buscando estabelecer seus avanços e limites.Downloads
Publicado
10.05.2020
Como Citar
Bernacchio Gissoni, L. (2020). O Marxismo e o debate sobre os modos de produção no Brasil: uma revisão da literatura. Escrita Da História, 6(12), 121–160. Recuperado de https://escritadahistoria.com/index.php/reh/article/view/185
Edição
Seção
Dossiê: Marxismo na América Latina